Um grande problema que os educadores estão enfrentando é o uso de smartphone para navegar na internet em sala de aula, nem mesmo a lei que proíbe o uso de aparelhos portáteis assusta os alunos ou parece impedir a prática.

A escola não pode confiscar os aparelhos e nem inibir o seu uso, sendo assim, como transformar a internet, essa poderosa inimiga, em uma aliada?

Segundo a AVG Technologies, 97% de crianças entre 6 e 9 anos já navegaram pelo menos uma vez na internet no Brasil. Essa geralmente é a idade em que as crianças estão sendo alfabetizadas, ou seja, algumas já são inseridas nas escolas sem saberem ler e escrever ao mesmo tempo em que provavelmente já utilizam ao menos uma vez aparatos tecnológicos.

Vídeos, tradutores, redes sociais e jogos são os mais acessados.  

Prender a atenção dos alunos sempre foi um desafio para os professores, é preciso muita paciência para conter a animação dos pequenos. Muitos educadores gritam, batem no quadro e até mesmo ameaçam adverti-los. Já a internet consegue conquistar o entusiasmo em poucos cliques, e é exatamente por isso que pode virar um grande aliado no ensino.

As tecnologias digitais estão trazendo muitos benefícios, exemplo disso são os aplicativos de serviços, como os de entrega de alimentos e de carona que estão cada dia mais populares. E na educação não está sendo diferente, muitas são as formas que a tecnologia tem ajudado; com o Kindle os alunos têm uma biblioteca infinita ao alcance das mãos, no YouTube podem rever aulas vistas em sala de aula e no WhatsApp podem interagir uns com os outros e tirarem dúvidas entre si.

Hoje já se cogita a possibilidade de um processo de ensino-aprendizagem em que seja possível incluir cada vez mais o uso dessas tecnologias para que alunos e professores possam manusear juntos aprendendo a ler, escrever e se expressar usando esses novos meios de comunicação.

Quando esse método se torna um recurso em sala de aula, pode auxiliar no desempenho acadêmico do aluno e tornar o processo pedagógico mais atraente e a aprendizagem mais produtiva.

Tecnologias digitais exigem novas habilidades —, e as crianças possuem grande facilidade em utilizá-las, mas ainda são necessárias adaptações para que se tornem propriamente um recurso pedagógico e educativo.

Uma coisa é certa: por mais que o bom-senso sugira que a atividade e o entretenimento na internet devam ficar completamente longe de sala de aula, mais se prova que o importante é que pais e professores ensinem como utilizá-la.

É cada vez mais inevitável que as próximas gerações se interessem por novas tecnologias, por isso ao fim se torna uma escolha do educador tratá-la como herói ou vilão na missão do ensino. E contra um inimigo tão poderoso, melhor tê-lo como amigo.